Salve salve corredores:
Com grande alegria vou narrar esta experiência incrível, que eu recomendaria a todos aqueles que têm na corrida mais que uma maneira de se exercitar, mas sim um estilo de vida.
Tudo começou com meu amigo Rodrigo Guitti, que em 2010 me convidou para viajar ao Rio de Janeiro para participar da Meia Maratona Internacional. Devido ao um pequeno problema (dores no joelho) não consegui correr, mas aproveitei para acompanhar minha então amiga aluna Suzana.
Tomei certos cuidados e com muito fortalecimento, decidi ir este ano, enfrentar os 21km da Meia.
Meados 2 meses aproximadamente antes da corrida, fui testar minha resistência correndo 21km pra ver meu tempo e como eu estava. Estava bem, corri os 21k em 1h e 55min, com poucas dores e sem forçar muito, indo num ritmo muito confortável.
Uma semana depois de ter corrido, fui convidado por um aluno meu pra pegar um trilha de nada mais nada menos que 60 km na terra, 2 h e 45min pedalando.
Passado esses 2 super estímulos pro corpo em uma única semana...hahaha, minha rotina de trabalho, como aulas de RPM e BODY PUMP, não me permitiram realizar um período do treinamento, que é o "treinamento regenerativo". Resumindo, ao invés de me recuperar, forcei ainda mais meu corpo.
Resultado: "Overtraining" (condição resultante de se fazer mais exercícios do que seu corpo é capaz de se recuperar).
Bom, então sem condições de treinar nas 8 semanas que precederam a corrida, e contando com a base aeróbia e a resistência muscular que adquiri nos 4 anos ministrando aulas de RPM e BODY PUMP, fui á tão sonhada prova.
Domingo, tempo nublado, temperatura baixa, ideal para correr.
20 mil pessoas com um único objetivo, completar a prova!
Decorrido 20 minutos após a largada, comecei a correr, e logo de cara, percebi algo diferente que não não estava habituado acontecer comigo: exaustão do músculo tibial anterior, para os mais íntimos, oclusão vascular, pois ocorre bloqueio parcial do retorno venoso e para os leigos, "muita dor na perna". Aí então lembrei das andanças nas areias macias de Ipanema e na Barra da Tijuca na sexta feira e no sábado, que ainda agravaram o ocorrido.
Resumindo, passei quase os 10 km iniciais correndo e andando, pois a dor era insuportável. Cheguei a pedir a Deus que me livrasse daquela dor. Não é que ele me escutou? Na metade da praia de Ipanema, a dor foi sumindo aos poucos e eu já não precisa andar. Foi então no Km 10 que não sentia mais nenhuma dor, mas sim uma vontade enorme de correr. Aumentei meu ritmo de passada, fazendo com que eu imprimisse um ritmo muito forte. A única coisa que vinha na minha cabeça era correr atrás do tempo perdido.
Faltando 5 km pra terminar a prova, comecei a sentir cansaço, diminui um pouco e fui firme.
Daí em diante os km não passavam, 1 km parecia 10 km. Foi quando eu já estava exausto, que cheguei a marca de 19 km. Pensei, caraca, faltam apenas 2km , não posso desistir. Foram os 2 km mais longos da minha vida.
Consegui completar a prova em 2 h e 23 min.
É a prova mais bonita que corri na vida. Indico pra todos aqueles que têm a corrida pulsando nas veias!!!!!
Quero voltar o ano que vem e fazer abaixo de 1 h e 50 min.
Arrisca correr também?????
Gabriel
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